quarta-feira, 11 de julho de 2012

O fim do último jornal impresso diário de Nova Orleans, nos EUA.

O Times-Picayune, o maior jornal impresso da cidade de Nova Orleans (Estados Unidos), anunciou nesta quinta-feira (24/04) que acabará com sua publicação impressa diária. As mudanças não visam extinguir o jornal por completo, mas sim vendê-lo em apenas três dias da semana para se adaptar a "uma era cada vez mais digital e a um público mais conectado".

Segundo o site Gigaom, a partir de agora, a empresa NOLA Media Group será responsável por atualizar as notícias e postar os conteúdos na íntegra na internet, 24 horas por dia, sete dias por semana, enquanto a versão impressa terá uma programação especial nos três dias de vendagem. Os leitores poderão comprar os exemplares nos domingos, quartas e sextas-feiras, e os assinantes receberão o produto em casa.

A decisão do Times-Picayune, um dos jornais mais tradicionais desde 1837, sinaliza uma importante mudança na forma como as informações são entregues. "Acredito que a passagem para formas mais digitais continuarão a atender as necessidades das várias comunidades [que leem o jornal]", afirmou o editor da publicação, Ashton Phelps. "Vamos continuar a entregar nosso conteúdo impresso, mas o foco agora ficará nas plataformas móveis".

O debate sobre a extinção dos meios de comunicação impressos já dura alguns anos, mas parece que não vai acabar tão cedo. Em outubro do ano passado, uma pesquisa conduzida pela Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA) relatou que, ao contrário do que muitos pensam, jornais impressos têm mais leitores do que conteúdos postados na internet.

O estudo foi realizado em 69 países que correspondem a 90% do mercado global de jornais, em termos de receita de vendas e anúncios. A circulação aumentou 7% na Ásia e 2% na América Latina, mas caiu 2,5% na Europa e 11% nos Estados Unidos. A Islândia é o país com maior número de penetração do veículo: 96% das pessoas leem diários impressos regularmente. Em segundo lugar vem o Japão com 92%, seguido da Noruega, Suécia e Suíça com 82%, e Finlândia e Hong Kong, com 80%.



Fonte: Olhar Digital